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14.3.05

ENCONTRO COM LUÍSA DUCLA SOARES

No dia 1 de Março, eu, os meus colegas e turma e todas as outras turmas de 6º ano fomos ao Auditório Municipal para conhecer a escritora Luísa Ducla Soares.
Quando lá chegámos, a escritora já lá estava. Entrámos e ela perguntou-nos o que é que queríamos fazer primeiro. Chagámos à conclusão que podíamos ir fazendo perguntas e lendo textos e poemas alternadamente para não nos enjoarmos depressa.
Logo algumas pessoas levantaram o dedo e fizeram as suas perguntas. Perguntaram se a escritora lia livros de outros autores e se tinha algum autor favorito. Ela respondeu que sim e acrescentou que era a ler que se aprendia a escrever. Quanto ao autor favorito, tinha muitos mas quem ela mais apreciava era Fernando Pessoa. Perguntaram também o que é que Luísa Ducla Soares gostava de fazer nos tempos livres e esta respondeu que gostava de redescobrir a Natureza, mas que com o trabalho que tinha isso era quase impossível, porque se não aproveitasse os tempos livres para escrever desapareciam os seus fantásticos livros.
Depois de muitas perguntas dois rapazes (um dos quais fui eu!) leram dois poemas do livro Os poemas da Mentira... e da Verdade, “O livro” e “Eu queria ser Pai Natal”.
De seguida, muitos meninos começaram a ler textos que continuavam histórias criadas por Luísa Ducla Soares. Outros liam textos que eles próprios inventaram a a escritora aplaudia, sempre com aquele sorriso amigável na cara.
Luísa Ducla Soares propôs-nos se queríamos responder e perguntar adivinhas, todos concordámos e lá fomos nós. As adivinhas eram muito engraçadas e faziam rir muito. Vou dizer-vos uma para ver se acertam: “Um pato põe um ovo mesmo na fronteira entre Portugal e Espanha, para que país fica o ovo? Resposta: Para nenhum! Porque os patos não põem ovos.”
Luísa Ducla Soares concordou em ler-nos um conto seu, ela escolheu o conto “A pele do piolho”. Tratava-se da história de um rei que era muito porco, que nunca tomava banho. Então, na sua cabeça, começou a crescer um piolho, tornou-se enorme, maior que a cabeça do rei. O piolho adoeceu e morreu. Então o rei mandou fazer um tambor com a pele do piolho e, quando chegou a hora da sua filha se casar, só quem adivinhasse de que era feito o tambor é que casava com ela. Mas acontece que a princesa ao contar que o tambor era feito de pele de piolho àquele com quem ele queria casar, o criado ouviu e gritou a toda a gente bem alto. Assim, o criado teria de se casar com a princesa, mas ela, furiosa, fez-lhe ameaças e ele fugiu. Então esta casou-se com quem ela queria e foi viver para um palácio onde existiam muitas casas de banho.
Quando acabou a história, despedimo-nos de Luísa Ducla Soares e fomos embora.
Gostei muito deste encontro, achei a escritora muito simpática e parecia ser amiga de todos nós. Só espero que ela nunca me esqueça, pois eu nunca me vou esquecer dela...
Da autoria de Xavier Henriques