www.escrevemosnanet

Somos a E.B.Dr. Afonso Rodrigues Pereira e vamos publicar alguns dos textos que escrevemos,trabalhos que fazemos, notícias que tenhamos para dar... Também estamos na net!

30.1.07

Variantes de A Bela Infanta




A BELA ANABELA

Estava a bela Anabela
Na sua cadeira sentada
Ao pé da janela
O seu cabelo alisava.

Olhando para a estrada
Um carro branco se aproximou
A pessoa que lá vinha
Muito bem estacionou.

- Diga-me meu senhor
Se nas ruas onde passou
Conheceu o meu amor
Que a muito me deixou.

Vi tanta, tanta gente
Que na rua passava
Se és inteligente
Que roupa ele levava

- Levava calça vincada,
Casaco a condizer,
Camisa dourada
E mais não sei dizer.

- Pelo que me acabas de dizer
Lá o vi num portal
Não há nada a fazer
Ele não volta a Portugal.

- Ai que estou abandonada
Pobre de mim coitada!
Quatro filhas que tenho,
E nenhuma é amada.

- O que davas, tu
A quem o traga cá?

- Dava-lhe todo o ouro que tenho
E toda a prata que haverá!

- Não quero o teu ouro nem a prata
Que há:

- Que davas mais, tu
A quem o traga cá?

- Dava-lhe todos os meus terrenos
E tudo o que lá está!

- Os teus terrenos não quero
Nem tudo o que esta lá:

- O que davas mais, tu
a quem o traga cá?

- As minhas filhas que eu tenho
Podes leva-las para lá!

- As tuas filhas não as
Quero para cá!

- Dá-me outra coisa
Se queres que o traga cá!

- Não me peça mais nada
Que eu nada tenho para lhe dar.

- Tens sim porque
Ainda te falta a ti.

- Que conversa descarada!
Não me peça isso agora!
Saia da minha estrada!
Vá já embora!

- Este anel precioso
Que vês aqui
É uma recordação
Que tenho de ti.

- Tantas lágrimas que deitei!
Tanto que eu sofri!
Tantas rezas que rezei!
E agora não te conheci!

Tiago Silva e Valter, 6º C